Gastronomia de tirar o fôlego

Mercosul é um enorme território com extensa gastronomia, indo do galeto ao churrasco, da parrilla a paeja, da polenta a pizza, da cerveja ao vinho e do chimarrão ao terere. São muitas particularidades, heranças dos indígenas, colonizadores, escra-vos e imigrantes. Difícil é respirar e degustar ao mesmo tempo, quando nos depararmos com as preparações desta rota gastronômica!
 
É impossível ficar imune a essas gostosuras sem brindar com um bom vinho, que pode ser da Serra Gaúcha ou dos países vizinhos. A produção brasileira, com uvas sele-cionadas, elevou nosso produto no ranking mundial de exportação. Os vinhos argentinos e chilenos estão entre os melhores do mundo.
 
A cultura gastronômica no Brasil é mais vasta. A que mais me agrada  a do Rio Grande do Sul. Talvez porque, ao deleitar os olhos com as hortências em suas nuances de cores, em contraste com o verde e o brilho das serras, a beleza é tanta que nos deixa sem respiração.
 
Algumas paisagens gaúchas nos remetem à Europa. Poderemos optar por massas maravilhosas que os antepassados legaram como he-rança, como o tortéi típico italiano, um pastel cozido com recheio de cabotiá, frango e queijo parmesão e servido com um molho à sua esco-lha. Outra sugestão é o ravióli com recheio de espinafre com queijo e molho. Ou que tal uma sopa de cappelletti in brodo?
Não dá para deixar de ir a uma boa churrascaria e saborear um excelente churrasco com uma bela maionese de batatas e cheiro verde, acompanhado de salada de folhas. Temos também o porco paraguaio, assado direto na brasa, em pé, num buraco feito no chão.
 
Tudo pode ser degustado em algumas propriedades rurais abertas ao público, onde encontramos quei-jos, geléias, salames e sucos diversi-ficados para degustação e venda.
 
As experiências são completas quando experimentamos comidas típicas de cada país.
 
No Uruguai vamos nos deliciar com o assado de tira, que consis-te no churrasco de costela. Caso queira um lanche rápido, sugiro o chivito, parecido com o xis-tudo brasileiro, acompanhado de uma Quilmes. Não podemos esquecer do famoso dulce de leche.
Quando pensamos em Argentina, o que nos vem à cabeça é o alfajor, sendo o mais famoso o Havana. Na Ricolleta, em Buenos Aires, está a melhor empanada do país. O bife de chorizo argentino e uruguaio é refe-rência nos restaurantes europeus.
Um destaque no Paraguai é a sopa paraguaia, torta preparada com fubá, queijo meia cura ralado grosso, cebola, milho verde debulhado e manteiga. Não podemos esque-cer da chipa, bolinho de polvilho assado com manteiga e queijo, e das tortilhas, semelhantes às argentinas mas com mais recheio. Podem ser de mandioca ou trigo, fritas ou assadas.
O universo gastronômico do Mercosul é enorme. Fornecemos algumas sugestões, há muito a ser explorado. Aventure-se rumo ao desconhecido. Pegue um cardápio e namore. Com calma, atenção. Então peça e saboreie, degustando as delí-cias do novo! Até a próxima.
 
Maria da Luz M. Van Langendonck
Nutricionista (CRN 384 8 Região), especialista em Marketing e Desenvolvimento Organizacional