O novo contexto da América Latina a conduz ao protagonismo

A América Latina saiu de uma longa recessão econômica em 2017. A maioria dos países da região melhorou seu desempenho econômico e foram registra-dos avanços em setores-cha-ve como a gestão integral das cidades, a implementa-ção dos acordos climáticos, a integração regional e o fortalecimento institucional.

Diversas esferas políti-cas e sociais convocaram a América Latina a se compro-meter com o aumento da produtividade, com o fim de conseguir um crescimento contínuo que não dependa tanto da exploração das matérias-primas.

Nas últimas décadas, a América Latina atingiu uma

estabilidade macroeconômica que se reflete em menor inflação e maior poder aquisitivo para seus habitantes. No âmbito social, foram executadas políticas eficientes contra a pobreza, que diminuiu, passando, em pouco mais de dez anos, de níveis próximos de 50% para níveis inferiores a 25%, em média.
 


A região precisa con-solidar os avanços obtidos nas últimas décadas, o que exige prudência fiscal, sendo também necessário um pacto pela produtivi-dade incluído na agenda de todos, tanto do setor público como do privado. Para isto é necessário o desenvolvimento de cadeias de produção global, con-glomerados produtivos, o aumento significativo do investimento em infraes-trutura, o crescimento e fortalecimento das classes médias e a contribuição para a melhoria da institu-cionalidade dos países.

O papel político reservado para a América Latina está em franco crescimento. As relações

geopolíticas estão sofrendo profundas transformações como consequência da ausência de liderança global e do aparecimento de atores emergentes, o que traz uma boa oportunidade para que a América Latina e a Europa fortaleçam seus laços e reforcem sua influência internacional.
 


Região segue rumo ao desenvolvimento sustentável

 

Nos próximos anos, a América Latina aposta em centros urbanos acessíveis que sejam motores de crescimento e inclusão social, sendo necessário incidir em três dimensões: o uso do solo, o mercado residencial e a infraestrutura de transporte.

É possível aproveitar os bene-fícios econômicos da urbanização em uma região onde oito de cada dez habitantes moram em cidades, tornando-as mais habitáveis e com- petitivas e estimulando seu respeito pelo meio ambiente. Alguns tópicos são essenciais ao desenvolvimento urbano, como o impulso à e pro-dução e melhores mecanismos de financiamento de políticas urbanas.

No aspecto ambiental, em 2017, a região consolidou-se como um dos atores climáticos mais impor-tantes por conseguir canalizar os recursos financeiros necessários para realizar a transição para economias de baixas emissões de carbono. Nos últimos anos, os investimentos em energias renováveis na região se multiplicaram. Isso permitiu que a América Latina tenha hoje a matriz energética mais limpa do mundo, com uma representação de 25% das fontes renováveis, em compara-ção com 13% da média global.

Fonte:

Banco de Desenvolvimento da AL
 


Acordo entre Mercosul e Aliança do Pacífico fortalece o continente

 

A união do Mercosul com a Aliança do Pacifíco – formado pelo Chile, Colômbia, México e Peru – está cada vez mais próxima.

A iniciativa ganhou força em abril de 2017, quando houve uma reunião em Buenos Aires entre os ministros dos quatro países fundadores do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e dos quatro membros da Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, México e Peru).

No documento divulgado ao final da reunião, os países se comprometeram a realizar esforços para ampliar o co-mércio na América do Sul e conquistar novos mercados. “Estamos avançando na integração, num momento em que reina a incerteza em nível internacional e se observam pressões protecionistas, nacionalistas e inclusive xenófobas”, afirmou o chanceler chileno, Heraldo Muñoz, referindo-se a decisão dos Estados Unidos de rever acordos de integração e a força conquistada, nos últimos tempos, por partidos naciona-listas de direita na Europa.

O acordo com o bloco vizinho gira em torno do aumento no comércio entre os países, ainda considerado baixo. Também está voltado para a diminuição de tarifas cooperação alfandegária, promoção de pequenas e médias empresas, redução de barreiras não tarifárias e facilitação no comércio de bens e serviços.

Fonte:

EBC Agência Brasil